Mesmo assim dá para iniciar um tratamento integrado com modalidades da fisioterapia
No pain no gain (sem dor, sem ganho) é uma frase muito popular na terra do exercício e da saúde. Mas também é uma frase que geralmente não é aplicada corretamente e, por isso, causa muita confusão.
A frase era muito comum em vídeos de exercícios dos anos 1980, que a citavam como incentivo ao esforço e sacrifício necessários para se alcançar o crescimento muscular.
Inclusive, isso é bem verdade, porque se você se esforçar em um nível suficiente, geralmente haverá dores musculares nos próximos dois dias, como parte do que chamamos de “dor muscular de início tardio”, mas que é um sinal característico de seus músculos se adaptando, crescendo e melhorando.
O aspecto desafiador de lidar com a dor é saber até quando ela é apenas uma dor muscular normal pós-academia e quando pode ser uma lesão real, que você está agravando ao fazer exercícios de forma errada e constante.
São pouquíssimas as lesões que respondem bem ao agravamento quando se tornam crônicas.
Geralmente os exercícios, se mal executados, prolongam as lesões e as agravam.
A “fórmula fisio” geral é dar às lesões um descanso relativo para que elas possam se resolver e a inflamação possa reduzir, e então progressivamente que os tecidos se reconstruam novamente, enquanto a pessoa monitora os sinais de melhora e evita ir muito rápido.
Ou seja, evita forçar o organismo além de sua velocidade de recuperação.
A dor é um importante alerta do que fazemos e indicador de até onde podemos ir.
De maneira geral, nosso objetivo é mantê-la ao mínimo, ao mesmo tempo em que desafiamos nossos limites no contínuo estímulo em busca da sonhada melhoria de nossos corpos.
Note que há uma minoria de condições que respondem bem à dor leve, mas estas sempre serão especificadas por um fisioterapeuta.
Quando saber se a dor é boa ou não?
Então, se estamos sentindo dor no exercício, é necessário avaliar se é um caso de “dor boa” ou “dor ruim”.
O que se deve ter em mente é que a boa dor pós-exercício só ocorre no dia seguinte, depois de malhar, e não imediatamente. Além disso, deve ser apenas uma dor geral, em vez de dores agudas ou lancinantes.
Além disso, deve haver um padrão claro de recuperação em que os sintomas melhorem previsivelmente e apenas os músculos que você trabalhou sejam afetados.
Atenção! Se o quadro progredir de forma negativa ou outras áreas que não deveriam ter sido afetadas, apresentarem dor, é melhor ligar o sinal de alerta e se observar melhor durante os dias seguintes
A dor não é uma desvantagem, mas uma vantagem evolutiva. A ciência explica!
Há um caso bastante interessante que nos mostra o papel da dor em nossa saúde.
No Instituto de Genética Humana em Aachen, na Alemanha, o Dr. Ingo Kurth está se preparando para uma consulta bastante incomum. Ele está coletando amostras de sangue de Stefan Betz, um estudante universitário de 21 anos que sofre de um distúrbio genético tão raro que se estima que apenas algumas centenas de pessoas em todo o mundo o tenham.
Betz tem insensibilidade congênita à dor, ou CIP em inglês. Isso significa que ele pode colocar a mão em água fervente ou se submeter a uma operação sem anestesia, sem sentir nenhum desconforto.
Em todos os outros aspectos, suas percepções sensoriais são normais. Ele sua quando uma sala está muito quente e estremece com a temperatura cortante de um vento frio.
Mas, como quase todos os que sofrem de CIP, Betz considera sua condição uma maldição e não uma bênção.
“As pessoas assumem que não sentir dor é uma coisa incrível e quase o torna sobre-humano”, diz Betz. “Para pessoas com CIP é exatamente o oposto. Adoraríamos saber o que significa dor e como é sentir dor. Sem isso, sua vida é cheia de desafios.”
Quando criança, os pais de Betz inicialmente acreditavam que ele sofresse com algum nível de limitação intelectual ou neurológica. “Não conseguíamos entender por que ele era tão desajeitado”, lembra seu pai, Dominic. “Ele estava constantemente esbarrando nas coisas e recebendo todos esses hematomas e cortes.”
Nem seus pais ou irmãos têm a doença, mas o diagnóstico de CIP veio aos cinco anos, ele mordeu a ponta da língua, sem nenhuma resposta aparente à dor. Pouco depois, ele fraturou o metatarso direito no pé, depois de pular de um lance de escadas.
De uma perspectiva evolutiva, uma das razões pelas quais os cientistas acreditam que a CIP é tão rara é porque tão poucos indivíduos com o transtorno atingem a idade adulta.
“Tememos a dor, mas em termos de desenvolvimento, desde criança até adulto jovem, a dor é incrivelmente importante para o processo de aprender a modular sua atividade física sem causar danos ao corpo e determinar quanto risco você corre” explica o Dr. Kurth.
Sem este mecanismo de alerta natural do corpo, muitos com CIP exibem comportamentos autodestrutivos quando crianças ou jovens adultos.
Kurth, inclusive, conta a história de um jovem paquistanês que chamou a atenção dos cientistas por sua reputação em sua comunidade como um artista de rua que andava sobre brasas e enfiava facas em seus braços sem mostrar nenhum sinal de dor. Mais tarde, ele morreu no início da adolescência, depois de pular do telhado de uma casa.
Novas abordagens no trato da dor
Atualmente, há alternativas para o tratamento da dor que não demandam medicamentos.
Uma nova modalidade de abordagem, que está em plena aplicação no exterior, é a chamada Fisioterapia Livre de Dor. De cunho holístico e multisetorial, ela inclui acompanhamento com fisioterapeutas, profissionais da quiropraxia, sessões de Massagem Remediadora, atendimento em Podologia, acompanhamento com nutricionistas, acupunturistas e fitoterapeutas.
Trata-se assim de uma abordagem especializada, um sistema de tratamento holístico que muitas vezes atua sob um ponto remoto para obter resultados, consistentemente sem dor, para condições difíceis como dor de cabeça, dor no ombro/pescoço/costas e na região ciática.
Fisioterapia Livre de Dor em foco
Vamos dar uma olhada nas aplicações da Fisioterapia Livre da Dor, na prática.
O Medica Group of Hospitals, a maior cadeia de hospitais privados do leste da Índia, organizou uma série de webinars on-line sobre coluna, dor nas costas e fisioterapia em sua principal instalação, a Medica Superspecialty Hospital, em Calcutá, para divulgar informações médicas valiosas e precisas aos pacientes. O conjunto destes webinar gerou a série semanal: “Saúde é a riqueza final”.
O Dr. Alok Roy, presidente do Medica Group of Hospitals, apresentou o webinar com o Dr. L. N. Tripathy, vice-presidente sênior, diretor e consultor sênior do departamento de dor lombar e neurocirurgia, juntamente com o Sr. Sumit Kumar, especialista em fisioterapia. Nesta conversa, os três cobriram os tópicos de dor nas costas e fisioterapia em detalhes.
Segundo estes especialistas, os tipos mais comuns de dor nas costas são experimentados no pescoço e na região lombar. “É porque as pessoas usam esses dois pontos mais do que os outros, e essas partes do nosso corpo estão sujeitas a mais desgaste. Muitas vezes, devido ao peso corporal pouco saudável, a pressão excessiva é colocada na parte inferior das costas”.
Um fenômeno chamado “dor lombar referida” faz com que a dor irradie para a virilha, nádegas, costas e lado das coxas e, às vezes, nas panturrilhas. A dor crônica é frequentemente observada em profissionais que não fazem pausas para exercícios ou usam móveis ineficazes em aliviar o estresse de horas a fio no trabalho.
Alternativas não invasivas
Pacientes cujas condições não requerem uma mudança medicamentosa ou cirúrgica podem se beneficiar da fisioterapia por meio de avaliações de alinhamento, amplitude de movimento, mobilidade tecidual, força e comprimento dos músculos.
Novas técnicas, como IFT (terapia interferencial) , terapia a laser, Kinesio taping, ventosaterapia, agulhamento seco e liberação de pontos-gatilho, atualmente, elevaram a eficácia da fisioterapia a novos patamares.
Já em casos de espasmos no pescoço, descanso e uma bolsa quente úmida aplicada na região, ao invés de pacotes de calor seco, são altamente recomendados.
Quando a água morna é usada como meio de condução em bolsas quentes, o calor penetra adequadamente nas camadas dos músculos para causar relaxamento e alívio da dor.
O Medica Superspecialty Hospital, amplamente reconhecido por sua excelência em todos os departamentos, também possui um excelente programa de reabilitação para ajudar pacientes idosos a encontrar alívio das dores crônicas.
Ou seja, cada vez mais as modalidades tecnológicas da fisioterapia encontram na holística uma maneira de aplicar novos recursos e obter resultados ainda melhores, mais personalizados e adaptados à cada desafio específico.
A dor ainda é um sintoma difícil de se lidar, mas que merece ter toda a atenção voltada para as maneiras como se manifesta e se faz presente. Com o tempo espera-se que, mesmo quando o paciente não apresente dor, a fisioterapia poderá prevenir, com a ajuda de conceitos holísticos, que quadros que possam levar a ela se agravem e se transformem em condições mais problemáticas e que reduzam a qualidade de vida do indivíduo.
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